A Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, está no centro de importantes decisões de liderança. O atual CEO, Eduardo Bartolomeo, tem contrato válido até o final de maio, e o conselho da empresa deve decidir em breve sobre sua renovação ou substituição.
Neste cenário, surge o nome de Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda nos governos Lula e Dilma. Mantega, que atualmente não ocupa nenhum cargo na Vale, tem sido apontado como potencial candidato à presidência da companhia. Fontes próximas a ele indicam que seu interesse não se limita a um papel no conselho, mas a um cargo executivo, preferencialmente o de CEO. As informações são do InfoMoney.
O governo do presidente Lula já havia expressado o desejo de ter Mantega na liderança da Vale. Porém, a nomeação para a presidência não é um processo simples. A decisão cabe ao conselho de administração, composto por 13 membros, incluindo representantes dos principais acionistas – Previ, Bradespar e Mitsui – e acionistas independentes.
Recentemente, especulou-se que Mantega poderia ser indicado como conselheiro da Vale, preenchendo uma das vagas da Previ, maior acionista individual da mineradora. No entanto, os mandatos dos atuais conselheiros, Daniel Stieler e João Luiz Fukunaga, só expiram em abril de 2025, o que complica essa possibilidade.
A nomeação de Mantega como conselheiro também não parece satisfazê-lo. Segundo informações do Infomoney, ele busca um papel mais ativo e decisivo na Vale. A experiência de Mantega, especialmente em áreas como licenciamento ambiental, renovação de contratos de ferrovias e negociações de reparação de danos, como no caso do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, poderia ser valiosa para a mineradora.