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Inflação atinge baixa renda em janeiro

Helio Montferre/Ipea

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta segunda-feira (19) o Indicador de Inflação por Faixa de Renda, destacando que em janeiro a inflação pesou mais nas famílias de baixa renda do que nas de rendas média e alta. Enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma inflação de 0,42% em janeiro, a inflação para famílias de renda muito baixa foi de 0,66%.

Os grupos de renda baixa e média-baixa também sentiram um aumento de preços acima da média, com 0,59% e 0,49%, respectivamente. Por outro lado, famílias de renda média, média-alta e alta sentiram impactos menores, com aumentos de preços abaixo da inflação oficial, registrando 0,37%, 0,38% e 0,04%, respectivamente.

Alimentos

Economistas apontaram o aumento nos preços dos alimentos como o principal fator para o elevação do custo de vida das classes mais baixas. O aumento se explica pela maior parcela do orçamento que essas famílias destinam à compra de alimentos. No mês de janeiro, o preço dos alimentos representou um peso de 0,44 pontos percentuais na inflação das famílias de renda muito baixa. Entretanto, para as famílias de renda mais alta, o peso foi de 0,14 pontos percentuais.

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Além disso, as famílias de renda mais alta se beneficiaram com a queda de 15,2% nos preços das passagens aéreas e de 10,2% nas tarifas de transporte por aplicativo.

Os resultados de janeiro contrastaram com o acumulado nos últimos 12 meses. No período, foram as famílias de rendas média, média-alta e alta que sentiram inflação maior que a média nacional. As foram taxas de 4,65%, 4,93% e 5,67%, respectivamente. Por outro lado, domicílios de renda muito baixa, baixa e média-baixa sentiram um peso menor que o IPCA no orçamento.

Nos últimos 12 meses, o Ipea identificou as maiores pressões inflacionárias nos grupos de transportes, saúde e cuidados pessoais, além de habitação. Os setores foram impactados por reajustes, incluindo aumento de 25,5% nas passagens aéreas, 10,8% na gasolina, 6,2% nos produtos farmacêuticos. Além disso, houve reajuste de 5,6% nos artigos de higiene, 11% nos planos de saúde e 8,6% na energia elétrica.

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