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Por que Japão deixou de ser último país com juros negativos

juros negativos Japão
(Foto: David Edelstein/Unsplash).

O Banco Central do Japão tomou uma decisão histórica ao elevar as taxas de juros oficiais de -0,1% para entre 0% e 0,1%. Este movimento sinaliza o fim de uma era de taxas negativas no país, que buscava incentivar o aumento dos preços ao invés de contê-los. Com essa ação, o Japão deixa de ser o último país com juros negativos em um mundo que luta contra a inflação.

Durante anos, a economia japonesa enfrentou o desafio da deflação, com preços em queda refletindo um crescimento baixo. As taxas negativas, uma estratégia não ortodoxa, visavam estimular o investimento e o consumo. Contudo, o cenário global de inflação crescente, impulsionado por fatores como a pandemia de COVID-19 e tensões geopolíticas, colocou o Japão em uma posição única.

Kazuo Ueda, presidente do Banco do Japão, enfatizou a importância de um “ciclo virtuoso” de aumentos salariais alinhados com a inflação. Após um período prolongado de deflação, o Japão testemunhou uma elevação de preços acima da meta de 2% ao ano, levando a um consenso de que era hora de mudar a política monetária.

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Especialistas como Ken Kutnner, especialista em economia japonesa da Universidade de Massachusetts, apontam que o Japão foi cauteloso em abandonar as taxas negativas, aprendendo com experiências anteriores. A decisão reflete uma economia que começa a mostrar sinais de recuperação, com expectativas de crescimento do PIB ajustadas para cima e um aumento no consumo.

A adoção de taxas negativas foi uma resposta à recessão global de 2008, visando estimular economias em contração. Embora tenha ajudado a desvalorizar o iene, aumentando a competitividade das exportações japonesas, os efeitos sobre o crescimento econômico foram mistos.

O impacto do abandono dos juros negativos no Japão será monitorado de perto. Enquanto o governo enfrentará custos maiores de financiamento da dívida, os bancos podem se beneficiar de maiores lucros. A decisão sugere que, embora as taxas tenham subido, o Banco do Japão permanece comprometido com o apoio ao crescimento econômico.

A medida não indica um aumento sustentado das taxas, diferentemente da abordagem adotada pelo Federal Reserve nos Estados Unidos. A cautela reflete a preocupação em evitar uma recaída em problemas econômicos antigos, como a deflação.

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