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Setor marítimo ganha inovações visando neutralidade de carbono

Setor marítimo ganha inovações visando neutralidade de carbono
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em frente ao navio Laura Maersk - Nome da embarcação homenageia o primeiro navio a vapor da empresa (Foto: Divulgação).

A questão da sustentabilidade tem pressionado diversos setores da economia a repensarem suas práticas, e o transporte marítimo de carga não é exceção. Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), essa modalidade é responsável por 2,9% das emissões globais de dióxido de carbono (CO2), superando até mesmo a aviação em termos de impacto ambiental. Com 90% dos bens circulando globalmente por vias marítimas, as empresas do ramo enfrentam o desafio de alinhar suas operações aos objetivos de sustentabilidade.

Em resposta, a União Europeia impôs regulamentações que exigem dos navios de grande porte a compensação financeira pelo CO2 emitido, medida que se estenderá a outras substâncias poluentes a partir de 2026. Essa política visa desencorajar o uso de combustíveis fósseis e incentivar alternativas mais limpas, como o metanol verde. Diferentemente de suas variantes cinza e azul, derivadas de fontes poluentes, o metanol verde provém de energias renováveis, representando uma solução promissora para a redução da pegada de carbono no setor.

A Maersk, gigante do transporte marítimo, lidera a transição para combustíveis mais sustentáveis, destacando-se com a introdução do Laura Maersk, seu primeiro navio movido a metanol verde. O CEO da Maersk, Vincent Clerc, celebrou a novidade como um marco na jornada rumo à neutralidade de carbono, ainda reconhecendo o longo caminho a ser percorrido. A embarcação, que possui capacidade para 2,1 mil contêineres, é apenas o começo, com a empresa planejando a inclusão de 24 navios similares à sua frota nos próximos anos. O objetivo é que, até 2030, pelo menos 25% das cargas sejam transportadas utilizando combustíveis verdes.

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Visando a produção sustentável de metanol, a família proprietária da Maersk também fundou a C2X, que almeja produzir 3 milhões de toneladas anuais de metanol verde até 2030. A demanda por esse combustível é projetada para crescer exponencialmente, refletindo a crescente preocupação com o impacto ambiental das atividades humanas.

A chinesa Cosco, outra grande atuante no setor, segue caminho similar, investindo no metanol verde e anunciando um projeto de cooperação entre companhias chinesas para explorar essa e outras energias renováveis. O compromisso com a sustentabilidade se manifesta também na encomenda de 12 navios equipados com motores adaptáveis ao metanol verde, seguindo o exemplo do Laura Maersk.

Além do metanol, a amônia verde surge como outra alternativa promissora, podendo representar até 45% do combustível para navegação até 2050, conforme estimativas da Agência Internacional de Energia (IEA). Empresas como a australiana Fortescue, focada na mineração de ferro, planejam utilizar a amônia verde para alcançar a neutralidade de carbono em suas operações marítimas até 2030.

Tais iniciativas refletem um esforço coletivo do setor de transporte marítimo em mitigar seu impacto ambiental, em consonância com as demandas globais por uma economia mais sustentável e responsável.

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