Pesquisar
Close this search box.
conteúdo patrocinado

Brasil e Paraguai fecham acordo sobre tarifa da Usina de Itaipu

Brasil e Paraguai fecham acordo sobre tarifa da Usina de Itaipu
(Foto: Caio Coronel/Itaipu).

Os governos de Brasil e Paraguai chegaram a um acordo nesta terça-feira (7), em Assunção, sobre a tarifa da Usina Hidrelétrica Itaipu Binacional. O novo valor será reajustado em 15,4%, passando de US$ 16,71/kW para US$ 19,28/kW, conforme solicitado pelo Paraguai. Mesmo com esse aumento, não haverá impacto no preço da energia elétrica no Brasil, pois o governo brasileiro injetará US$ 900 milhões para compensar o reajuste, utilizando US$ 300 milhões por ano do plano de investimentos da usina.

O ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, coordenou as negociações que resultaram neste acordo. Ele explicou que, embora o Paraguai tenha inicialmente solicitado um aumento para US$ 22/kW, as tratativas garantiram um reajuste mais moderado, atendendo parcialmente aos pedidos paraguaios.

 

conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado

Uma das cláusulas do acordo estabelece que as negociações do Anexo C, que define os termos financeiros e estruturais da operação e construção da usina, devem ser concluídas até 31 de dezembro de 2024. Após 2026, prevê-se que a tarifa caia para algo entre US$ 10/kW e US$ 12/kW, excluindo custos não operacionais.

A conclusão deste acordo visa resolver os impasses que surgem anualmente entre os dois países ao definir a tarifa. Situação semelhante ocorre entre Paraguai e Argentina em relação à Usina Binacional de Yacyretá.

 

O novo patamar de preço deve vigorar a partir de 2027, quando a tarifa de Itaipu refletirá apenas os custos operacionais, sem incluir mais os custos da construção. Isso se torna possível após a quitação do empréstimo para a construção da usina, concluída no ano passado.

Ao resolver essa questão tarifária, o governo brasileiro acredita que conseguirá entregar energia de Itaipu por R$ 205/MWh, abaixo do valor médio de R$ 300/MWh atualmente pago pelas distribuidoras. Esse ajuste permitirá uma redução nos custos de eletricidade para os consumidores.

O governo brasileiro também espera que o acordo impulsione a comercialização de energia proveniente de outras usinas localizadas no Paraguai, como Yacyretá (3,2 mil MW) e Acaraí (200 MW). Essas operações devem aumentar a concorrência no mercado de energia e beneficiar os consumidores brasileiros.

Com a assinatura do acordo, o Brasil não será mais obrigado a comprar o excedente de energia produzido pelo lado paraguaio ao preço definido pelos governos, permitindo a aquisição de eletricidade a preços de mercado. Isso permitirá que o Brasil continue comprando a energia não consumida pelo Paraguai, mas com maior flexibilidade.

A Usina de Itaipu tem capacidade instalada de 14 mil MW e produz 8,7% da eletricidade demandada no Brasil, atendendo 86,4% do consumo do Paraguai.

conteúdo patrocinado

MAIS LIDAS

conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado