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Copom: pequena redução da Selic enfrenta críticas generalizadas

Boletim Focus
Foto: Agência Brasil

A recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir a Taxa Selic em apenas 0,25 ponto percentual desencadeou uma série de críticas de políticos e setores econômicos. Conforme publicado pela Agencia Brasil, a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffman (PR), em uma postagem na rede social X (antigo Twitter), criticou fortemente a decisão, qualificando-a como um “crime contra o Brasil” e uma forma de “sabotagem” por parte de uma diretoria do Banco Central considerada alinhada com a gestão anterior.

Reação do Setor Produtivo

O setor produtivo, representado por entidades como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), expressou descontentamento com o ritmo de redução da taxa básica de juros. A CNI havia solicitado um corte de 0,5 ponto percentual, argumentando que a decisão do Copom não refletia o cenário atual de desinflação. Por sua parte, a Firjan ressaltou que a manutenção de juros elevados prejudica a confiança dos empresários e o investimento necessário para o crescimento econômico sustentável.

“Essa decisão é incompatível com o atual cenário de inflação controlado e torna impraticável continuar o projeto de neoindustrialização do país com altos níveis de taxa de juros. Reduzir o ritmo de corte da taxa básica tira a oportunidade de o Brasil alcançar mais prosperidade econômica, aumento de emprego e de renda”, disse em comunicado o presidente da CNI, Ricardo Alban.

Impacto no Comércio e Indústria

A Associação Paulista de Supermercados (Apas) também reagiu, apontando que a redução lenta dos juros pode ajudar a controlar a inflação, mas prejudica a atividade econômica. Enquanto isso, a Firjan destacou a importância de alinhar as políticas fiscal e monetária, especialmente em um cenário de instabilidade externa e conflitos geopolíticos.

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“A expectativa da Apas é que essa decisão do Copom produza um efeito tanto no controle inflacionário, mas, por outro lado, tenha um efeito sobre o ritmo de atividade doméstica”, destacou o economista-chefe da Apas, Felipe Queiroz.

Visão das Centrais Sindicais

As centrais sindicais, incluindo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), criticaram a diminuição no ritmo de cortes, enfatizando que isso aprofunda a carga de juros sobre o governo e a população, atrasando a recuperação econômica do país.

A sequência de eventos reflete um amplo descontentamento com a decisão do Copom, que, apesar de ser parte de um esforço para controlar a inflação, é vista por muitos como insuficiente ou mal orientada frente às necessidades econômicas atuais do Brasil.

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