Pouco mais de 30 anos após marcar época, a novela ‘Renascer’ retorna à TV Globo. Agora, a trama espelha as transformações do agro brasileiro, em especial na região cacaueira de Ilhéus, sul da Bahia.
História e Desafios
O cacau é parte da história do Brasil há mais de 250 anos. Na década de 1980, a região sofreu com a vassoura-de-bruxa, uma doença que quase dizimou as plantações. Hoje, Ilhéus ressurge como produtor de amêndoas de alta qualidade, adotando práticas sustentáveis.
A região, conhecida pelas sombrias histórias de escravidão e coronéis, hoje ocupa a 6ª posição entre os maiores produtores de cacau do mundo. O Brasil também se destaca como o sétimo maior mercado consumidor de chocolate.
Inovação e Qualidade
O cacau, introduzido no século 18, encontrou na Bahia o clima ideal para seu cultivo. Em 2018, a região foi reconhecida pela indicação geográfica “Sul da Bahia”, que ressalta a qualidade única de seu cacau.
Fazendas como a Yrerê, comandada por Gerson Marques, exemplificam essa nova era. Lá, a produção foca em cacau fino e orgânico. A fazenda também oferece turismo de experiência, onde visitantes acompanham todo o processo produtivo do chocolate, do cultivo à barra.
Sustentabilidade e Futuro
O controle de qualidade é essencial na região. Em Ilhéus, o Centro de Inovação de Cacau (CIC) e o Chocolab garantem que as amêndoas estejam dentro dos padrões da indicação geográfica. A região visa aumentar a produção de cacau fino, que hoje representa 3% do total, com o objetivo de alcançar 10%.
O renascimento do cacau no Sul da Bahia é uma história de resiliência e inovação. A nova versão de ‘Renascer’ não só homenageia essa trajetória como também destaca o potencial sustentável e de alta qualidade do cacau brasileiro.
Com informações de Agência Brasil