Um novo desenvolvimento para a infraestrutura logística no Porto de Santos foi iniciado com a assinatura de um acordo entre a Rumo, do grupo Cosan, e a DP World, nesta segunda-feira (25). Este projeto, com um investimento previsto de R$ 2,5 bilhões, visa a construção de um terminal dedicado a grãos e fertilizantes, com uma capacidade anual de movimentação de 9 milhões de toneladas de grãos e 3,5 milhões de toneladas de fertilizantes.
O começo das operações está agendado para 2027, com a expectativa de que as construções se iniciem em 2025, após a finalização do licenciamento ambiental. Pedro Palma, o futuro presidente da Rumo, enfatiza a necessidade de um planejamento detalhado e a procura por parcerias para a realização do projeto, apontando a autonomia do acordo com a DP World.
Situado na área da DP World no Porto de Santos, o terminal incorporará dois novos berços de atracação e instalações adequadas para a movimentação dos produtos. Fabio Siccherino, presidente da DP World, destacou que sua empresa cuidará da operação portuária, ressaltando a colaboração estendida com a Rumo.
Este investimento integra a estratégia de expansão do corredor logístico entre o Centro-Oeste e o Porto de Santos, incluindo projetos como a renovação da concessão da Malha Paulista e a construção do trecho central da ferrovia Norte-Sul. A iniciativa visa aumentar a capacidade de transporte e evitar qualquer gargalo logístico, especialmente no Porto de Santos.
A estratégia financeira da Rumo para suportar o investimento foi mencionada por Rafael Bergman, vice-presidente financeiro, que assegurou que o balanço da companhia é robusto o suficiente para absorver o investimento sem impactar negativamente sua alavancagem financeira. Segundo Bergman, a empresa opera com uma alavancagem abaixo do nível recomendado ao mercado.
A transição para a nova liderança na Rumo, com Palma substituindo Beto Abreu, não sinaliza uma mudança de direção estratégica, mas sim a continuidade dos projetos em andamento. Para a DP World, o projeto reafirma seu papel no desenvolvimento do terminal de Santos e abre possibilidades para novos investimentos no Brasil, como o potencial leilão do Porto de Itajaí.