No início de 2023, as expectativas eram altas, com pagamentos de dividendos atingindo níveis recordes em janeiro. Contudo, ao longo do ano, as empresas brasileiras reduziram drasticamente o volume distribuído aos acionistas, uma queda de 31% em relação ao mesmo período de 2022, o equivalente a R$ 78,2 bilhões a menos, de acordo com dados da plataforma Meu Dividendo.
A diminuição acentuada nos pagamentos por parte de gigantes como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) teve um impacto significativo na redução total. Em 2022, essas duas empresas representavam 57% do total de dividendos distribuídos, enquanto em 2023, essa porcentagem caiu para 38%.
No entanto, alguns setores se destacaram positivamente, como os bancos, seguradoras e siderúrgicas, que aumentaram os pagamentos aos acionistas. Bancos distribuíram 23,7% a mais, as seguradoras aumentaram em 60,3% e as siderúrgicas em 11%.
Mesmo com pagamentos anunciados, as empresas mantêm a estratégia de adiar os pagamentos o máximo possível, com prazos mais longos em 2023 em comparação aos anos anteriores. A média anual subiu para 67 dias, acima dos 55 de 2022 e dos 63 de 2021. Somente em 2020, essa média atingiu 73 dias
