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Renda média de motorista de aplicativo não chega a R$ 15 reais por hora, diz IBGE

A Uber lançou mais uma campanha educativa para combater o assédio sofrido por mulheres.
(Foto: Jackson David/Pexels)

Motoristas e taxistas que atuam no transporte de passageiros por meio de aplicativos enfrentaram jornadas 17,11% mais extensas do que seus colegas que não utilizam essas plataformas em 2022. No mesmo período, motociclistas que faziam entregas por aplicativo tinham uma jornada 11,21% maior do que os entregadores que não dependiam dessas ferramentas digitais para seu trabalho. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no módulo Teletrabalho e trabalho por meio de plataformas digitais – 2022, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), nesta quarta-feira, 25.

A pesquisa também revelou que a remuneração por hora trabalhada era consideravelmente menor para os trabalhadores vinculados a aplicativos. Motoristas de passageiros por aplicativo, incluindo taxistas, ganhavam, em média, R$ 11,8 por hora trabalhada em 2022, uma remuneração 15,25% menor do que seus colegas que não dependiam de aplicativos, recebendo R$ 13,6 por hora. No caso dos motociclistas, os entregadores por aplicativo recebiam, em média, R$ 8,7 por hora trabalhada em 2022, uma remuneração 36,8% menor em comparação com os demais entregadores que recebiam R$ 11,9 por hora.

Além disso, a pesquisa destacou que apenas 23,6% dos motoristas por aplicativo contribuíam para institutos de previdência, em comparação com 43,9% dos que não utilizavam aplicativos em seu trabalho. Entre os entregadores motociclistas, 22,3% dos que trabalhavam por aplicativo contribuíam para institutos de previdência, enquanto essa proporção era de 39,8% entre os que não utilizavam aplicativos.

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A dependência dos aplicativos era evidente em várias etapas do trabalho, incluindo a determinação da remuneração, dos clientes a serem atendidos, do método de pagamento e do prazo para realização das tarefas ou atividades. Segundo o IBGE, essa falta de controle sobre o próprio trabalho era particularmente pronunciada nos setores de transporte particular de passageiros e de entrega.

Embora o trabalho plataformizado ofereça maior flexibilidade na escolha de quando e onde trabalhar, os dados mostraram que os trabalhadores vinculados a aplicativos tinham jornadas semanais mais longas em comparação com aqueles que não dependiam dessas plataformas. Entre os motoristas por aplicativos de transporte particular de passageiros, 63,2% afirmaram que suas jornadas eram influenciadas por incentivos, bônus ou promoções que mudavam os preços, 42,3% eram afetados por ameaças de punições ou bloqueios realizados pela plataforma, e 29,2% seguiam sugestões de turnos e dias. Apesar disso, 83,8% desses motoristas afirmaram ter a possibilidade de escolher dias e horários de forma independente.

No caso dos entregadores por aplicativo, 54,5% relataram que suas jornadas de trabalho eram influenciadas por incentivos, bônus ou promoções que mudavam os preços, 32,8% eram afetados por ameaças de punições ou bloqueios realizados pela plataforma, e 31,0% seguiam sugestões de turnos e dias. No entanto, 70,8% dos entregadores acreditavam ter a possibilidade de escolher dias e horários de forma independente.

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