Os sistemas agroalimentares modernos impõem custos ocultos significativos ao bem-estar humano e ao meio ambiente, conforme um estudo da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Esses custos somam pelo menos US$ 10 trilhões anuais, revelando a necessidade urgente de transformação.
A pesquisa da FAO, que engloba 154 nações, demonstrou que a predominância de dietas não saudáveis está entre os maiores propulsores desses custos, relacionando-se diretamente com doenças crônicas e perda de produtividade. Questões ambientais, como emissões de gases do efeito estufa e uso excessivo de recursos naturais, também são significativas, representando cerca de 20% do total.
Os países menos desenvolvidos sentem o maior impacto, com estes custos representando mais de um quarto do PIB nacional. Em contraste, países de renda média e alta enfrentam uma proporção menor, porém ainda substancial.
A FAO apela para uma resposta global coordenada, que inclua desde políticas governamentais até a consciencialização e ação dos consumidores, para mitigar esses custos e promover um futuro mais sustentável para os sistemas agroalimentares. Medidas sugeridas envolvem revisões de legislação, incentivos fiscais e uma maior responsabilidade do setor privado.
Este relatório serve como um chamado à ação global, buscando um comprometimento conjunto para revisão e melhorias nos sistemas de produção e consumo alimentar, essenciais para a sustentabilidade futura e a saúde pública mundial.